27/07/2010

Floresta de Laurissilva na Madeira - Património Mundial


O nosso país tem belíssimos monumentos, cidades maravilhosas e paisagens sublimes que merecem ser visitadas e admiradas, mas como nem sempre é possível viajar, pelo menos podemos apreciar em fotografia, alguns desses locais espectaculares e que foram considerados pela "Unesco" como “Património da Humanidade”.

Hoje vou apresentar: a Floresta de Laurissilva na Madeira , classificada como Património Mundial Natural pela UNESCO desde 1999.


Foto: Net

A Laurissilva da Madeira é um exemplar eminentemente representativo do processo ecológico e biológico em curso na evolução e desenvolvimento de ecossistemas e comunidades de plantas e animais terrestres, aquáticos, costeiros e marinhos.


Foto: www.panoramio.com_Vitor Reinecke


O nome Laurissilva resulta de dois termos em Latim, laurus (loureiro)  e silva (floresta). Esta floresta é constituída por árvores e arbustos de folhas planas, por fetos, musgos, líquenes, hepáticas e outras plantas de pequeno porte, com inúmeros endemismos.


Foto: Net

A designação de Laurissilva da Madeira corresponde a 3 tipos de comunidades vegetais distintas: a Laurissilva do Barbusano, a Laurissilva do Til e a Laurissilva do Vinhático. Dada a sua riqueza em diversidade biológica, a Laurissilva do Til está incluída na área de Laurissilva da Madeira incluída na Lista do Património Natural Mundial da UNESCO e classificada como Reserva Biogenética do Conselho da Europa.


Foto: http://olhares.sapo.pt_ Gilberto

A floresta Laurissilva da ilha da Madeira, constitui o que resta de uma antiga área florestal que permaneceu durante cinco séculos intocável pela acção do homem. Segundo narrativas contemporâneas da descoberta da Madeira, toda a ilha era coberta de extenso e denso arvoredo, razão pela qual os navegadores portugueses atribuíram o nome de "Madeira", à ilha.


www.lombadamadeira.wordpress.com


Trata-se de uma floresta com características subtropicais, húmida, cuja origem remonta ao Terciário onde chegou a ocupar vastas extensões do Sul da Europa e da bacia do Mediterrâneo. As últimas glaciações levaram ao seu desaparecimento no continente europeu, sobrevivendo apenas nos arquipélagos atlânticos dos Açores, da Madeira, Cabo Verde e Canárias.


Foto: http://olhares.sapo.pt_Nuno Abreu

A Laurissilva madeirense ocupa uma superfície de 15000 hectares (representando 20% do total da ilha), nas encostas viradas a Norte, revestindo de forma luxuriante as íngremes vertentes e os profundos e alcantilados vales do remoto interior,. Devido à intervenção humana, na costa sul, está restrita a alguns locais entre os 700 e 1200 m de altitude. Constitui, actualmente, a mais extensa e a mais bem conservada Laurissilva de todo o mundo. Toda a área integra o Parque Natural da Madeira, que é objecto de protecção especial. Em 1992 foi incorporada na rede de Reservas Biogenéticas do Conselho da Europa e constitui Zona de Protecção Especial-ZPE, no âmbito da Directiva Aves.


Foto: Net

Os critérios que presidiram à atribuição da classificação da UNESCO prendem-se com o facto da Laurissilva constituir um exemplar eminentemente representativo do processo ecológico e biológico em curso na evolução e desenvolvimento de ecossistemas e comunidades de várias plantas e animais.


Foto: Net

A floresta Laurissilva apresenta um aspecto uniforme, sempre verde, ao longo de todo o ano, dado que a quase totalidade das árvores e dos arbustos que a compõem, nunca perdem a folha. Entre as árvores especial destaque merecem o Til, o Vinhático, o Loureiro e o Barbusano, todas da família das Lauráceas.


Foto: biodiversidadeflorestal.webnode.pt

A Laurissilva dá abrigo a numerosos endemismos principalmente a nível dos estratos arbustivo e herbáceo. É de realçar também a grande diversidade e desenvolvimento que as comunidades de líquenes e de briófitos, principalmente as epífitas, apresentam.


Foto: Wikipedia_Kurt Stüber

O Tentilhão da Madeira (Fringilla coelebs maderensis), faz parte da peculiar avifauna da Laurissilva, onde é abundante bem como as oito espécies de morcegos, o pombo trocaz e a freira da Madeira. A par das aves, merece destaque a presença de inúmeros moluscos e insectos endémicos.


Foto: www.myguide.pt

As humidades trazidas pelos ventos dominantes de Nordeste, são retidas e condensadas pela Laurissilva que proporciona, assim, abundantes caudais.A partir da segunda metade do século XX, as águas, passaram a ser controladas pelas "levadas", canais que para além de irrigar os campos e  abastecer as povoações, também contribuem para produzir energia nas centrais hidroeléctricas. São grandes obras de engenharia do povo madeirense, que as abre na rocha ao longo de profundos abismos.


Foto: www.geocaching.com

É um dos habitats, no mundo, com maior índice de diversidade de plantas por km², uma incrível floresta de um verde luxuriante, com muitos milhões de anos, que fascina quem a visita.

Fontes e Fotos: http://www.igespar.pt/: http://www.culturaonline.pt/; http://pt.wikipedia.org/; www.trekearth.com; http://biodiversidadeflorestal.webnode.pt; www.geocaching.com; www.olhares.pt; www.myguide.pt; outros net

* Fotos: Net
As fotografias sem indicação dos autores é porque não os consegui identificar. Se forem suas, por favor queiram contactar-me que colocarei imediatamente o seu nome, ou retiro-as se for esse o seu desejo. Não é de maneira nenhuma minha intenção quebrar direitos de autor.


Foto: Wikipedia

"A natureza tem perfeições que mostram que é a imagem de Deus, e defeitos que mostram que é apenas a imagem." (Blaise Pascal)

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12/07/2010

Jardins de Butchart - Butchart Gardens


Os Jardins de Butchart são um grupo de jardins em Brentwood Bay, Colúmbia Britânica, Canadá, perto de Victoria.




O local oferece completa infra-estrutura para os visitantes poderem passar todo o dia a contemplar a beleza das flores e espécies vegetais ali existentes. São mais de 700 espécies e mais de um milhão de plantas que florescem durante todo o ano.


Foto: joki


O parque Butchart é composto por cinco grandes jardins - Jardim de Rosas, Jardim Japonês, Lagoa da Estrela, Jardim Italiano e o principal, Jardim Submerso, todos interligados por caminhos e outros pequenos jardins. O Jardim Submerso fica exactamente onde antes existia a pedreira, o colorido de seus canteiros impressiona!


Foto: 1zoom.net
Foto: 1zoom.net


Em 1888, Robert Pim Butchart começou a fabricar cimento Portland perto do seu local de nascimento, Owen Sound, Ontario, Canadá. O empreendimento de Robert tornou-e um sucesso e, atraído pelos grandes depósitos de calcário da costa oeste canandense (necessários para fabricação do cimento), ele instalou uma pedreira em Tod Inlet, na ilha de Vancouver. Em 1904, Robert e a sua família se instalaram-se lá.



Conforme Butchart acabou com o calcário nas proximidades da sua casa, a sua esposa, Jennie, executou um plano sem precedentes para restaurar o local.


Foto: Net
Foto: 1zoom.net


Ela requisitou toneladas de solo de fazendas próximas e trouxe todo o material para Tod Inlet em cavalos e carroças, e utilizou para nivelar o chão da pedreira abandonada.


Foto: Net
Foto: 1zoom.net

Aos poucos, sob a supervisão de Jennie Butchart, o local transformou-se no espetacular Sunken Garden. Em 1908, refletindo sobre as suas viagens pelo mundo, os Butcharts criaram um jardim japonês no lado da sua casa que dava para o mar.

Foto: 1zoom.net


Mais tarde um jardim italiano ficou no local da quadra de tênis e um jardim de rosas substituiu uma grande plantação de vegetais em 1929. Robert dava muito valor ao trabalho da sua esposa. Era um grande colecionador, de aves ornamentais de todo o mundo. Mantinha patos nas lagoas, pavões no jardim frontal e uma arara dentro de casa.



Foto: 1zoom.net

Ele gostava de treinar pombos e criar diversas gaiolas elaboradas que eram mantidas ao longo dos jardins. O nome do jardim de Jennie espalhou-se rápidamente e na década de 20 mais de 50 mil pessoas vinham anualmente para visitar a sua criação.


 Foto: 1zoom.net


Num gesto de carinho para com todos os seus visitantes, os Butcharts batizaram a sua casa de "Benvenuto", a palavra em italiano para "Bem-vindo". Para melhorar as boas-vindas, cerejeiras (sakuras) foram compradas no viveiro Yokohama, no japão, e plantadas na entrada dos Jardins Butchart.


Foto: Wikipedia_Jeff Yang


A casa tornou-se um confortável e luxuoso local, com piscina coberta, sala de bilhar e um órgão de tubo Aeolian (que ainda existe e funciona até hoje).


Foto: 1ms.net


Actualmente a residência contém um restaurante, escritórios e algumas salas ainda utilizadas pela família. Em 1939, os Butcharts deram os jardins ao seu neto Ian Ross como presente de aniversário quando este fez 21 anos.


Foto: 1zoom.net


Ross estava envolvido na operação e promoção do jardim e continuou neste emprego até à sua morte, 58 anos depois.


Foto: www.freewalppaper.net
Foto: 1zoom.net

A única porção sobrevivente da fábrica de cimento é a grande chaminé de um forno desaparecido há muito tempo. A chaminé pode ser vista do alto do Sunken Garden. A produção de cimento parou em 1916, mas telhas e vasos continuaram a ser fabricados até 1950.


Foto: 1zoom.net

Foto: 1zoom.net


Anualmente mais de 1 milhão de mudas de mais de 700 tipos de plantas são utilizados pelos jardins para assegurar o show ininterrupto de flores de Março até Outubro. Aproximadamente 1 milhão de pessoas visitam anualmente, aproveitando não só as flores mas as festas e o show de luzes do Verão e do Natal.



Foto: 1zoom.net

Hoje possuem reputação internacional pela mostra de flores o ano inteiro. Este jardim mostra como com amor e arte se consegue dar beleza, vida e encanto ao nosso planeta.

Para ver mais detalhes visite o site do Butchart Gardens: http://www.butchartgardens.com/

Fontes e Fotos: wikipedia; http://all-free-download.com; 1ms.net; 1zoom.net; www.butchartgardens.com; http://gde-fon.com; http://livinginvancouver.wordpress.com, outros wallpapers net

* Fotos: Net
As fotografias sem indicação dos autores é porque não os consegui identificar. Se forem suas, por favor queiram contactar-me que colocarei imediatamente o seu nome, ou retiro-as se for esse o seu desejo. Não é de maneira nenhuma minha intenção quebrar direitos de autor.

Photographs without the authors’ names are because I could not identify them. If they are yours, please contact me and I will put immediately your name, or remove them, if that is your wish. It is not my intention to break authors rights.


Foto: 1ms.net

"Toda a natureza é uma harmonia divina, sinfonia maravilhosa que convida todas as criaturas a que acompanhem sua evolução e progresso." (Tsai Chih Chung)
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11/07/2010

Melgaço, "Onde Portugal começa...”

Melgaço encontra-se no Distrito de Viana do Castelo, é limitado a norte e leste pela Espanha, a sudoeste pelo município de Arcos de Valdevez, e a oeste por Monção. É o município mais setentrional do país.


Foto: www.picstopin.com


A pequena e tranquila vila de Melgaço cresceu em redor de uma fortaleza mandada construir por Dom Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal (1139-85).


Foto: wikipedia_Jose Antonio Martinez

O castelo, principal defesa raiana do Alto Minho no século XII, constitui-se na sentinela mais setentrional de Portugal, no trecho onde o rio Minho inicia a sua função fronteiriça, vigiando a travessia para a Galiza. As muralhas, onde se rasgam duas portas, são encimadas por ameias prismáticas e reforçadas por três torres, sendo a principal a que se encontra voltada para o núcleo urbano, de secção pentagonal. O conjunto é dominado pela torre de menagem.
Um labirinto de velhas ruas e travessas entrecruzam-se no interior das muralhas.


Foto: wikipedia_Jose Antonio Martinez


As suas ruelas em calçada à portuguesa e os telhados e muros com "patine" são algumas das características da vila. Está também virada para o país vizinho tendo como portas de entrada para quem vem de Espanha, as fronteiras de S. Gregório e a Ponte Internacional de Peso-Arbo. Toda a região é caracterizada por uma íntima relação com o rio Minho e com a vizinha Galiza (Espanha), e pelo clima rigoroso, em especial o Inverno agreste, que determina a arquitectura nas pequenas aldeias.


Foto: www.skyscrapcity.com_Miguel


O legado arqueológico de Melgaço é rico e diverso, basta atentarmos um pouco nos monumentos megalíticos, arte rupestre e castros e monumentos ligados à arquitectura religiosa, civil e militar como as igrejas, castelos e pontes, espalhadas pelo concelho.


Foto: www.skyscrapcity.com_Miguel


Melgaço é um Município que tem a sua economia assente na agricultura, aposta essencialmente do desenvolvimento sustentável, tendo o vinho Alvarinho um papel vital neste desenvolvimento. A casta Alvarinho veio trazer à agricultura um novo e indiscutível impulso de progresso e riqueza.


Foto: www.skyscrapcity.com_Miguel


Este concelho tem feito um esforço muito grande no que diz respeito à promoção e valorização deste produto.

Termas de Melgaço
Implantadas entre as margens do Minho e da Galiza, as termas de Melgaço proporcionam uma ligação descontraída com a natureza e, simultaneamente, um recurso ímpar reconhecido pelo seu potencial terapêutico. Com dois hectares de parque arborizado, adequado à prática de diversas actividades de turismo e lazer, esta estância termal está especialmente indicada para afecções das vias respiratórias, reumáticas e músculo-esqueléticas e diabetes.


Castro Laboreiro
Nos limites do concelho, é sobretudo conhecida pela raça de cães a que deu nome: considerado um excelente cão de guarda, é utilizado desde sempre pelos pastores para proteger os rebanhos dos ataques de lobos.




A povoação, a 950 metros de altitude, também se orgulha das ruínas do velho castelo e das curiosas tradições e costumes ainda preservados pelos seus habitantes.


Foto: wikipedia_JoseOlgon

O Castelo de Castro Laboreiro, ergue-se no alto de um monte, a 1.033 metros acima do nível do mar. Nos seus muros rasgam-se duas portas, a principal, a leste, denominada como Porta do Sol; a norte, a Porta da Traição, também denominada como Porta do Sapo. A sul, em plano inferior, um recinto secundário, delimitado por um pano de muralhas orientado no sentido leste-oeste. O acesso é feito por uma ponte em arco pleno sobre pés direitos. A sua função primitiva era a de recolher gado e bens em caso de ameaça, o que, segundo os estudiosos, é único no país e denota a importância da actividade pecuária na região.


Foto: www.panoramio.com_Jesusspider


A vila de Melgaço é, também, uma das portas de acesso ao cenário impressionante do Parque Nacional da Peneda-Gerês, com a sua fauna variada, picos agrestes e vales densamente arborizados.


Foto: www.panoramio.com_Bruno C. Silva


Gastronomia
A gastronomia de Melgaço é um grande atractivo turístico devido à abundância e qualidade dos seus produtos e à sua cuidada elaboração culinária.



Alguns pratos típicos:
Cabrito assado no forno de cozer o pão,
Lampreia com arroz, à bordalesa, frita com ovos,
Trutas do Rio Minho abafadas,
Sarrabulho,
Caldo de farinha,
Grelos com rojões,
Bola da frigideira,
Bolo da pedra,
Arroz de cabidela,
Agua d’unto,
Bucho doce,
Migas doces,
Pastéis mimosos.


Festas e Romarias
As Festividades do concelho de Melgaço são marcadas, anualmente, por dois grandes eventos - a Festa do Alvarinho e do Fumeiro e a Festa da Cultura.
A primeira, que se traduz numa mostra gastronómica, destina-se a promover o vinho Alvarinho, mas também o fumeiro e outros produtos locais, num certame tradicional e simultaneamente inovador.
A segunda decorre durante o mês de Agosto e celebra a cultura do e no concelho, ao mesmo tempo que festeja o regresso à terra de muitos emigrantes.




Outras festividades como as Marchas de São João ou os tapetes de flores que enfeitam as ruas durante a festa do Corpo de Deus, e ainda as realizadas pelas freguesias fazem parte do calendário de festividades do concelho.




Melgaço, "Onde Portugal começa...” é uma pequena e antiga vila impregnada de um perfume de outras eras. Uma terra linda e deslumbrante, numa paisagem serena e soalheira, possui um extraordinário património histórico e cultural,.uma enorme diversidade de valores culturais que fazem a história das diferentes épocas, desde a pré-história até aos nossos tempos.


Foto: wikipedia_Jose Antonio Martinez


Um legado histórico rico e diverso, associado à gastronomia, paisagens e simpatia e tradições das gentes de Melgaço tornam-na numa visita obrigatória.

Vá visitar, Vale a pena.

Fontes: wikipedia; http://www.cm-melgaco.pt/; http://www.rotasturisticas.com/; http://www.solaresdeportugal.pt/; http://nortedeportugal.nireblog.com/;
Fotografias: wikipedia; panoramio; http://www.skyscrapercity.com; olhares e outros net



Sempre que viajamos seja física ou virtualmente (através por exemplo da leitura), alargamos os nossos horizontes, pois vamos conhecer novos locais, novos costumes, novas realidades e gentes. Aumentamos o nosso conhecimento e enriquecemos interiormente.

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