20/09/2012

Com os olhos na CALÇADA PORTUGUESA


Hoje vamos divagar não com os olhos para além do horizonte, mas com eles virados para o chão, para apreciarmos a beleza e arte da calçada portuguesa.


Com cubos de pedras pretas e brancas se vai fazendo arte no chão. Pássaros, peixes, flores, ou diferentes ondulados, muitos são os motivos artísticos que adornam e embelezam as praças, parques, passeios e outras áreas públicas.


Foto: Luis Ponte


Foto: Fernando Fidalgo


Os mestres calceteiros debruçados sobre o chão, vão com o seu martelo calcetando os espaços preparados com pedras de formato irregular, geralmente de calcário e basalto, formando padrões decorativos pelo contraste entre as pedras de distintas cores. As cores mais tradicionais são o preto e o branco, embora sejam populares também o castanho e o vermelho. Em certas regiões brasileiras, porém, é possível encontrar pedras em azul e verde.




Fotos: calcadaportuguesa-roc2c.blogspot


No Brasil a sua aplicação pode ser apreciada em projectos como o do calçadão da Praia de Copacabana (uma obra de Roberto Burle Marx) ou nos espaços da antiga Avenida Central, ambos no Rio de Janeiro.




São as cartas régias de 20 de Agosto de 1498 e de 8 de Maio de 1500, assinadas pelo rei D. Manuel I, que marcam o início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais notavelmente o da Rua Nova dos Mercadores (antes Rua Nova dos Ferros).



Foto: calcadaportuguesa-roc2c.blogspot


Nessa época, foi determinado que o material a utilizar deveria ser o granito da região do Porto, que, pelo transporte implicado, tornou a obra muito dispendiosa.





O terramoto de 1755, a consequente destruição e reconstrução da cidade lisboeta, em moldes racionais mas de custos contidos, tornou a calçada algo improvável à época.


Foto: calcadaportuguesa-roc2c.blogspot


Em 1842 foi feita em Lisboa uma calçada calcária, já muito próxima da que hoje conhecemos. O trabalho foi realizado por presidiários (chamados "grilhetas" na época), a pedido do Governador de armas do Castelo de São Jorge, o tenente-general Eusébio Pinheiro Furtado. O desenho utilizado nesse pavimento foi de um traçado simples (tipo zig-zag).




Após posteriormente concedidas verbas a Eusébio Furtado para que os seus homens pavimentassem toda a área da Praça do Rossio, uma das zonas mais conhecidas e mais centrais de Lisboa, numa extensão de 8 712 m².




A calçada portuguesa rapidamente se espalhou por todo o país e colónias, subjacente a um ideal de moda e de bom gosto, tendo-se apurado o sentido artístico, que foi aliado a um conceito de funcionalidade, originando autênticas obras-primas nas zonas pedonais.




Fotos: calcadaportuguesa-roc2c.blogspot


Em 1986, foi criada uma escola para calceteiros (a Escola de Calceteiros da Câmara Municipal de Lisboa), situada na Quinta Conde dos Arcos.





Da autoria de Sérgio Stichini, em Dezembro de 2006, foi inaugurado o monumento ao calceteiro, na Rua da Vitória (baixa Pombalina), em frente à igreja de São Nicolau.



Foto:lisbon lux magazine


Esta arte é uma herança histórica e ultrapassou fronteiras, sendo solicitados mestres calceteiros portugueses para executar e ensinar estes trabalhos no estrangeiro. A calçada portuguesa espalhou-se por todo o Mundo.



Foto: calcada St. Augustine's Square em Macau


Fontes e Fotos: Wikipedia; http://calcadaportuguesa-roc2c.blogspot.co.uk/; http://www.cm-lisboa.pt/; http://ceuco-portugal.com/; outros




"A arte vence a monotonia das coisas assim como a esperança vence a monotonia dos dias." (Gilbert Keith Chesterton)

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14/09/2012

Templo Wat Rong Khun


Hoje vamos divagar até Chiang Rai na Tailândia para conhecer o Templo Wat Rong Khun.

Foto: Pessoal


Wat Rong Khun é um templo contemporâneo não convencional Budista e Hindu.

Foi projectado pelo professor Chalermchai Kositpipat em 1997 e ainda não se encontra acabado.


Foto: Pessoal

Encanta pela sua magnitude, a cor branca representa a pureza de Buda e o vidro branco a sua sabedoria.

Para entrar no templo deve-se seguir o caminho frontal e passar pela ponte como um ritual de purificação.

Foto:Pessoal

A ponte representa a travessia do ciclo de renascimento, e o grande círculo com dentes é a boca de Rahu, que representa o inferno e sofrimento.

Antes da ponte atravessa-se um mar de mãos desesperadas que representam o mal e as trevas.

Surgem mais à frente dois guerreiros em posição de ataque para impedir que o mal cruze a entrada do templo. 


Foto: Pessoal


Wat Rong Khun é realmente um templo exótico e diferente.



Fotos: Pessoais

Texto: Wikipedia
Fotos: Pessoais


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07/09/2012

Shalimar Garden em Lahore

Foto: Flickr_Arnim Shulz

Hoje vamos divagar pelo Jardim de Shalimar, por vezes também designado Shalamar Gardens, em Lahore, no Paquistão.


Foto: Wikipedia

O local dos Jardins de Shalimar em Lahore, pertenceu originalmente a uma das famílias nobres Zaildar na região, conhecidos como Família Mian Baghbanpura. Á família também foi dado o título real de "Mian" pelo imperador Mughal, pelos seus serviços ao Império. Mian Muhammad Yusuf, então o chefe da família Mian, doou o sítio de Ishaq Pura para o imperador Shah Jahan, após a pressão foi colocada sobre a família pelos engenheiros reais que desejavam construir no local devido a sua boa posição e ao excelente solo. Em troca, Shah Jahan concedida a governança dos Jardins de Shalimar, à familia Mian.


Foto: www.hellotravel.com

Shalimar Garden em Lahore, foi então construído pelo imperador Mughal Shah Jahan. A construção começou em 1641 CE (1051 AH) e foi concluída no ano seguinte. A gestão do projecto foi realizado sob a superintendência de Khalilullah Khan, um nobre da corte de Shah Jahan, em cooperação com Ali Mardan Khan e Alaul Mulla Maulk Tuni.


Foto: www.flickr.com_sarfraz hayat

Os Jardins de Shalimar permaneceram sob a custódia família Mian.por mais de 350 anos.  Em estilo persa, têm cinco fontes geográficas de inspiração para Shalimar Gardens: Ásia Central, Caxemira, Punjab Ocidental, Pérsia e da Sultana Delhi.





Estão dispostos em forma de um paralelogramo rectangular, cercado por uma parede de tijolos. Este jardim foi feito sobre o conceito de Bhagh Char. A medida jardins é de 658 metros de norte a sul e 258 metros de leste a oeste.


Foto: Flickr_SaffyH

Foto: www.destpakistan.net

Em 1981, o Forte e os jardins Shalimar Gardens foram incluídos no Património Mundial da UNESCO.


Foto: www.summitpost.com

Os jardins têm três terraços descendentes, que são elevados de 4-5 metros uns acima dos outros.

• O terraço superior chamado Farah Baksh, significa doador do Prazer.
• O terraço médio nomeado Faiz Baksh, significa doador de Bondade.
• O terraço inferior chamado Hayat Baksh, significa Doador de vida.


Foto: www.pakimag.com

Para irrigar os jardins, um canal chamado Shah Nahar (canal real), mais tarde, também conhecido como Hansti nahar, foi trazido de Rajpot (actual Madhpur na Índia), de uma distância de mais de 161 quilómetros. O canal cruza os Jardins e descarrega numa bacia de mármore no terraço do meio.

Foto: www.panoramio_freewheeliing



A partir desta bacia e do canal, saem 410 fontes, que descarregam em largas piscinas de mármore. Um Crédito especial para a criatividade dos engenheiros de Mughal. A área circundante ao jardim é mais fria devido ao fluir das fontes, o que é um alívio para os visitantes durante verões, pois às temperaturas são aqui muito elevadas.

Distribuição das fontes:
• O terraço de nível superior tem 105 fontes.
• O terraço de nível médio tem 152 fontes.
• O nível mais baixo terraço tem 153 fontes.


http://www.all-hd-wallpapers.com

Shalimar Gardens têm 5 cascatas, incluindo a grande cascata de mármore e Bhado Sawan.

Nos edificios do jardim salienta-se:

• Sawan Bhadum pavilhões
• Naqar Khana e seus edificios
• Khwabgah ou Sleeping chambers
• Hammam ou Royal bath
• The Aiwan ou Garnd hall
• Aramgah ou Resting place
• Khawabgah of Begum Sahib.
• Baradaries ou Pavilhões de Verão
• Diwan-e-Khas-o-Aam
• Duas Portas e Minarestes


Foto: Flickr_SaffyH

A arte e a natureza a encantar quem visita estes maravilhosos jardins.

Fontes e Fotos: Wikipedia; http://www.sekhmet.tk/; Flickr; http://www.all-hd-wallpapers.com; www.panoramio.com; outros net


* Fotos: Net
As fotografias sem indicação dos autores é porque não os consegui identificar. Se forem suas, por favor queiram contactar-me que colocarei imediatamente o seu nome, ou retiro-as se for esse o seu desejo. Não é de maneira nenhuma minha intenção quebrar direitos de autor.

Photographs without the authors’ names are because I could not identify them. If they are yours, please contact me and I will put immediately your name, or remove them, if that is your wish. It is not my intention to break authors rights.


Foto: http://www.all-hd-wallpapers.com

"Criar uma pequenina flor é um trabalho de eras." (William Blake)

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04/09/2012

Divagando Pelas Igrejas, Mosteiros e mesquitas do Mundo ( III )


Hoje vamos continuar a nossa viagem virtual pelas igrejas, Mosteiros e Mesquitas do Mundo. Algumas deixam-nos encantados pela sua riqueza arquitetónica, outras pela sua modesta singeleza, mas todas são um Património histórico associado ao local onde se encontram.


■ Mesquita Ubudiah em Kuala Kangsar, Malasia



■ Church St Mark's, Niagara-on-the-Lake, Ontario, Canada




■ Santuário Bom Jesus de Braga , Portugal




■ Ortodox Cathedral de São Basílio em Moscovo, Russia




■ A Sagrada Família em Barcelona, Espanha




■ Ortodox Church Sveti Jovan Kaneo em Ohrid, Macedonia




■ Igreja Nossa Senhora do Brasil, S. Paulo, Brasil




■ Church of Hallgrímur, Reykjavík, Islândia




■ St. Michael’s Golden-Domed Monastery em Kiev, Ucrania




■ Mesquita Hagia Sophia em Istambul, Turquia




■ St. Sava Cathedral em Belgrade, Servia




■ Holy Trinity Monastery in Jordanville, New York




■ St. Stephan’s Church, Istambul




■ Templo de la Purísima Concepción Lari, Peru




■ Saint John’s Cathedral, Den Bosch, Holanda




■Tornio Orth Church, Finlandia



■ Igreja de Nuestra Senora de los Remedios em Cholula, México



■ Pilgrimage Church of Steinhausen, Alemanha



■ Palasari Catholic Church, Noret de Negara, Indonesia




Para VER as anteriores VISITAS pelo Mundo divague por aqui :

Divagando pelas Igrejas, Mosteiros e mesquitas do Mundo (I)

Divagando pelas Igrejas, Mosteiros e mesquitas do Mundo (II)

Fontes e Fotos: wikipedia; http://www.orangesmile.com/; http://thewondrous.com/; dontibbits.com; http://www.europeish.com/beautiful-churches-europe/; Flickr; Panoramio; outros

* Fotos: Net
As fotografias sem indicação dos autores é porque não os consegui identificar. Se forem suas, por favor queiram contactar-me que colocarei imediatamente o seu nome, ou retiro-as se for esse o seu desejo. Não é de maneira nenhuma minha intenção quebrar direitos de autor.

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"Um simples pensamento de gratidão elevado ao céu é a mais perfeita oração. " ( G. E. Lessing

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