O nosso país tem belíssimos monumentos, cidades maravilhosas e paisagens sublimes que merecem ser visitadas e admiradas, mas como nem sempre é possível viajar, pelo menos podemos apreciar em fotografia, alguns desses locais espectaculares e que foram considerados pela "Unesco" como “Património da Humanidade”.
Património português classificado pela UNESCO como Património da Humanidade:
Hoje vou apresentar: Sintra, que foi classificada Património Mundial, no âmbito da categoria “Paisagem Cultural”, no dia 6 de Dezembro de 1995
Foto: Pessoal
Lindíssima vila no sopé da Serra do mesmo nome, as suas características únicas fizeram com que a UNESCO ao classificá-la como património mundial fosse obrigada a criar uma categoria específica para o efeito – a de “paisagem cultural” – que desta forma considera tanto a riqueza natural como o património construído na vila e na serra.
Sintra, cuja mais antiga forma medieval conhecida "Suntria" apontará para o indo-europeu “astro luminoso” ou “sol”, terá sido designada por Varrão e Columela como Monte Sagrado. Ptolomeu registou-a como a "Serra da Lua" e o geógrafo árabe Al-Bacr, no século X, caracterizou Sintra como «permanentemente mergulhada numa bruma que se não dissipa».
Foto: Pessoal
Sintra, cuja mais antiga forma medieval conhecida "Suntria" apontará para o indo-europeu “astro luminoso” ou “sol”, terá sido designada por Varrão e Columela como Monte Sagrado. Ptolomeu registou-a como a "Serra da Lua" e o geógrafo árabe Al-Bacr, no século X, caracterizou Sintra como «permanentemente mergulhada numa bruma que se não dissipa».
Foto: Pessoal
Desde tempos remotos, que a atmosfera poética e romântica de Sintra atrai numerosos artistas humanistas. O seu prestígio ficou registado nas quintas de recreio em redor da Vila e nos ideais românticos que se traduzem na remodelação ou construção de quintas e palacetes.
Na segunda metade do século XIX, Sintra adquiriu um estatuto de vila burguesa essencialmente consagrada ao prazer e ao ócio, constituindo-se então vários hotéis e pensões imortalizados através da pena de afamados escritores da época. Simultaneamente, na sua periferia instala-se gente de grandes recursos económicos, trazendo novidades arquitectónicas.
Em Sintra é imprescindível visitar:
O Castelo dos Mouros
Construído durante o período de dominação árabe. Erguido sobre um maciço rochoso, isolado num dos cumes da serra de Sintra, na Estremadura, do alto das suas muralhas descortina-se uma vista privilegiada de toda a sua envolvência rural que se estende até ao oceano Atlântico.
Construído durante o período de dominação árabe. Erguido sobre um maciço rochoso, isolado num dos cumes da serra de Sintra, na Estremadura, do alto das suas muralhas descortina-se uma vista privilegiada de toda a sua envolvência rural que se estende até ao oceano Atlântico.
Foto: Pessoal
Além das muralhas ameadas, torres e adarves, o conjunto é completado por diversas rampas e escadarias de acesso. Um outro elemento digno de nota é a porta árabe em arco em ferradura.
Foto: Wikipedia_Carlos Luis M C da Cruz
No interior do castelo, próximo ao Portão de Armas, ergue-se uma igreja devotada a São Pedro, a Igreja de São Pedro de Canaferrim. Remonta ao século XII, erguida após a conquista do castelo por D. Afonso Henriques, tendo se constituído na primeira igreja paroquial de Sintra. São as ruínas desta igreja que integram a listagem dos bens considerados Património Mundial/Paisagem Cultural.
Foto: wikipedia_Author
Lusitana
Contígua à Igreja de São Pedro de Penaferim, destaca-se uma cisterna de grande capacidade, que remonta ao período islâmico. Com as dimensões de 18 metros de comprimento por 6 de largura e 9 de altura, em seu interior abobadado brota a nascente que abastecia o Palácio Nacional de Sintra. O seu reservatório foi reconstruído após o grande terramoto de 1755. É percebida pelo visitante através de duas grandes aberturas cónicas de ventilação.
Foto: Wikipedia_Carlos Luis M C da Cruz
Palácio Nacional da Pena
Representa uma das melhores expressões do Romantismo arquitectónico do século XIX no mundo. Em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal, sendo aliás o primeiro palácio romântico da Europa.
Foto: Pessoal
O Palácio remonta a 1839, quando o rei consorte D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha (1816-1885) adquiriu as ruínas do Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena e iniciou a sua adaptação a palacete, segundo a sua apurada sensibilidade de romântico.
Foto: Pessoal
Chamado a dirigir as obras, o Barão de Eschewege levou à pratica as intenções revivalistas do soberano, erguendo em torno das ruínas entretanto restauradas um magestoso «pastiche» inspirado nos palácios e castelos da Baviera. Quase todo o Palácio assenta em enormes rochedos, e a mistura de estilos que ostenta (neogótico, neomanuelino, neo-islâmico, neo-renascentista, com outras sugestões artísticas como a indiana) é verdadeiramente intencional, na medida em que a mentalidade romântica do século XIX dedicava um fascínio invulgar ao exotismo.
O Palácio e o Parque foram idealizados e concretizados como um todo. Do Palácio, o visitante avista um manto de arvoredo que ocupa mais de 200 hectares, constituindo assim o Parque da Pena. Este parque tem percursos e passeios lindíssimos, com inúmeras construções de jardins lá existentes.
Foto:Pessoal
Convento dos Capuchos, (Convento de Santa Cruz da Serra)
Escondido no meio da natureza, é um dos raros locais na serra onde estão preservadas espécies autóctones. Idealizado por D. João de Castro, IV Vice-Rei da Índia e proprietário dos terrenos onde o convento se encontra, foi o seu filho, Dom Álvaro de Castro que, em 1560, levou a cabo o projecto do pai, com a ajuda dos frades, da Ordem dos Frades Menores de São Francisco, cuja procura espiritual se baseava na libertação dos bens terrenos.
O convento foi construído de modo a que se confundisse com a Natureza, numa demonstração da humildade que lhe estava destinada; a entrada situa-se entre dois grandes rochedos e o edifício apresenta-se a uma escala mínima, parecendo até impossível a vida de seres humanos no seu interior.
Habitado ainda com toda a certeza nos finais do séc. XVIII, o Convento de Santa Cruz dos Capuchos deve ter sido abandonado em 1834, com a extinção das ordens religiosas que o regime liberal determinou.
Palácio da Regaleira
Palácio da Regaleira
O Palácio da Regaleira é o edifício principal e o nome mais comum da Quinta da Regaleira. Também é designado Palácio do Monteiro dos Milhões, denominação esta associada à alcunha do seu primeiro proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro.
Foto: Pessoal
O palácio está situado na encosta da serra e a escassa distância do Centro Histórico de Sintra estando classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2002.
Foto: Pessoal
É um dos mais marcantes exemplos de arquitectura revivalista no país, privilegiando o neomanuelino e com influências camonianas. É célebre por em muitos dos seus elementos arquitectónicos, ter sinais de ritos e concepções maçónicas. Um dos locais mais emblemátiocs da quinta é sem sombra de dúvida o Poço Iniciático, invocando a aventura dos Cavaleiros Templários, ou os ideais dos mestres da Maçonaria. Trata-se de uma galeria subterrânea em espiral, de 27 metros, por onde se descem nove patamares até às profundezas da terra.
A Quinta da Regaleira é um lugar de mistério, com alma própria, ela encerra muitos segredos, pois está repleta de símbolos mitológicos e esotéricos, estátuas de deuses, poços iniciáticos, jardins e grutas. É uma incrível viagem no tempo. Se quiser conhecer um pouco mais sobre esta maravilhosa quinta, dê uma visitinha por: Quinta da Regaleira - Sintra
Foto: Pessoal
Palácio e Jardins de Monserrate
Palacete romântico cujo projecto se deve ao arquitecto James Knowles Jr., 1858. construído no terceiro quartel do século XIX, por iniciativa de Francis Cook, visconde de Monserrate.
Foto: www.trekearth.com_Copyright_Aires dos Santos
Este palácio é rasgado por janelas ogivais, antecedido por um pórtico enquadrado por sólidos entablamentos, ornados de modilhões, volutas e arcadas trilobadas. No seu interior, ostenta uma decoração eclética de folhagem relevada, rendilhados finíssimos, bustos, arabescos e arquitecturas de sabor indo-persa.
Foto: Wikipedia_Koshelyev
O projecto do Palácio de Monserrate incluiu ainda a criação do rico Parque de Monserrate, em que a flora natural da serra de Sintra se uniu às plantas exóticas, aí plantadas para recriar na perfeição o ambiente romântico. A elaboração dos jardins foi entregue ao pintor William Stockdale, ao botânico William Nevill, e a James Burt, mestre jardineiro.
Palácio Nacional de Sintra
Também conhecido por Paço Real ou Palácio da Vila, fica situado no Centro histórico de Sintra e foi provavelmente construído pelos mulçumanos, mas desde o inicio que a monarquia portuguesa, fez do Palácio Nacional de Sintra a sua morada. Foram várias as mudanças efectuadas no Palácio, mas a mais marcante foi a de D. João I que o reconstruiu por inteiro e a de D. Manuel I que acrescentou a ala manuelina. As suas principais salas são: Sala dos Archeiros; Sala dos Cisnes, Quarto de Hóspedes, Sala Árabe; Sala Chinesa; Quarto de Afonso VI; Sala das Armas ou dos Brasões; Sala das Pegas e a Capela.
Na sala das Pegas encontramos várias pegas pintadas no tecto a dizerem "Por Bem" que provavelmente se referem às senhoras da corte. Na Capela Palatina podemos observar azulejos alicatados, o fantástico tecto feito em técnica de alfarge e frescos do século XV que mostram pombas. Um Ex-libris deste Paço é sem dúvida a sua Cozinha, com enormes chaminés cónicas (33 metros de altura), fornos e toda a equipagem de cozinha.
Foto: Net
A “Vila Velha”, construída numa zona de maior declive, no sopé da Serra, ” desenvolve-se entre o Palácio Nacional, antigo Paço Real, e a própria Serra. No Centro Histórico, permanecem muitos edifícios e vestígios de várias épocas e movimentos culturais. Circunscreve uma área abrangente de património diverso, desde igrejas, capelas e ermidas, bosques e fontes multiplicando-se os palacetes, casas senhoriais e chalets isolados por uma exuberante vegetação e por muros cobertos de musgo e fetos, que a sombra e o clima húmido ajudam a crescer. Esta vegetação faz parte integrante da imagem e da especificidade do Centro Histórico de Sintra.
Foto: Pessoal
Uma agradável forma de conhecer Sintra é utilizando as típicas carruagens puxadas por cavalos, que circulam entre a Vila e a Serra. As partidas e chegadas realizam-se no largo fronteiro ao Palácio da Vila.
Sintra é um lugar de magia e mistério, com os seus palácios e casas senhoriais, magnificas igrejas e monumentos, encostas de um verde luxuriante, jardins e parques exóticos. Em Sintra respira-se serenidade, paz, e acima de tudo sente-se o romantismo .deste lugar maravilhoso, que merece sem sombra de dúvida uma visita.
Fontes e Fotos : http://www.destinosdeviagem.com/; http://www.igespar.pt/; http://pt.wikipedia.org/; http://www.cm-sintra.pt/; http://www.culturaonline.pt/; www.trekearth.com; www.Flickr.com; www.Panoramio.com; http://olhares.aeiou.pt/; outros net; pessoais
Não sei quantas vezes visitei Sintra e sempre a vejo bonita, surpreendente e com recantos que desconhecemos.
ResponderEliminarEncontramos nela pedaços da nossa história que ainda hoje parecem actuais.
Felicito-te pelo teu post.
ResponderEliminarAdoro Sintra, sempre que posso passo por ali.
Beijinhos
Flor
maria,
ResponderEliminarComo sempre, informação completíssima.
Pensava que conhecia bem Sinta, mas já aqui li coisas que desconhecia. Obrigado.
beijo :)
Maravilhosos lugares que devem ser visitados,pois são belos, realmente!Lindo post, mais uma vez!beijos,chica
ResponderEliminarOlá Maria
ResponderEliminarUm encanto ver essas lindíssimas fotos de Sintra.
No entanto a foto da cascata se não soubesse que era de Sintra diria na certeza que era um dos cantinhos de São Miguel, Açores de tão parecida...
Não é por acaso que se diz que em Sintra há natureza muito parecida com a de cá(embora por aqui a escala seja muito menor)
bom domingo
bjs
Nélia
Sempre que utilizar fotografias de terceiros é de bom tom, em primeiro lugar, pagar e, depois, atribuir os créditos aos autores.
ResponderEliminarAntónio, como pode verificar pela data deste post já foi feito à alguns anos, mais ou menos no inicio de eu ter começado o meu blog e a experiência ainda era pouca, pelo que não costumava colocar as fontes por baixo das fotografias mas apenas no final do artigo. Hoje isso já não acontece. Revi as fotos e coloquei as suas fontes, penso que todas elas eram de dominio público, aquelas que não consegui identificar foram retiradas e colocadas outras. Se alguma fotografia for sua e não pretender que ela aqui se encontre por favor diga que será imediatamente tirada.
EliminarCumprimentos
Maria