Um destes sábados eu o António e a minha prima Lena, fomos até ao Alentejo. O destino era a Corte do Pinto.
A Corte do Pinto é a aldeia onde o meu pai nasceu, quando os meus avôs morreram o meu pai comprou aos irmãos a "casita" da família e muitos anos mais tarde acabou por ficar para mim. Tenho duas razões para de vez em quando ir até lá, ver como está a casa e ir ao cemitério colocar flores e velas nos familiares que já partiram, nomeadamente a minha mãezinha e o meu paizinho.
O antigo poço e ao fundo a Praça da aldeia. Lembro-me de quando era criança e ia lá passar férias, no final da tarde, íamos ao poço buscar água (não havia água canalizada) numas enfusas de barro. O poço não era elétrico, por isso tínhamos de dar a uma manivela para puxar a água. Como eu achava divertido fazer isso.
É uma aldeia pacata e tranquila.
A Lena, que embora seja minha prima, é para mim muito mais do que isso, ela é uma irmã. É uma pessoa excecional, um coração Gigante que está sempre pronto a ajudar os que necessitam. Com ela, podemos contar em todos os momentos, nas alegrias da vida mas também nas alturas difíceis, o que hoje em dia é tão raro, pois quantas e quantas vezes, temos tantos amigos para as "festas" e tão poucos com quem partilhar as nossas dores.
Caminhando em direção à Mercearia para comprar pão caseiro e uns bolinhos super bons.
A Igreja Paroquial da Corte do Pinto
Para evitar a altura de mais calor, logo que chegámos fomos ao cemitério. De seguida fomos cumprimentar os primos que lá moram que são pessoas super simpáticas e prestáveis e por fim fomos ver como a casa estava (esses primos tomam conta das coisas).
É uma "casita" antiga, pequena e muito simples, com uma composição um tanto ou quanto chata, pois tem os quartos de um lado do pátio, a cozinha/sala, dispensa e casa de banho no outro. De inverno, ou quando chove, é muito aborrecido ter de sair por exemplo dos quartos para ir à casa de banho .... Fora dessa altura acaba por ser muito agradável, pois tem um pátio bem grandinho.
A visita foi muito rápida, seguimos depois em direção às Minas de S. Domingos
Passámos em frente à Igreja das Minas S. Domingos
Seguimos para Moreanes, a ideia era almoçar por lá, mas não deu pois o restaurante estava completamente cheio e com fila de espera.
A Lena lembrou-se de irmos comer num restaurante em Vale do Poço. Não fomos ao dito restaurante, pois também estava completamente cheio, mas como estava a decorrer a Feira Agropecuária Transfronteiriça, acabamos por comer cá fora numa esplanada. Foi muito agradável.
Cavaleiros em direção à feira ....
Após o almoço seguimos em direção de S. Marcos, Serpa. A nossa próxima paragem foi para ver a antiga escola que ficava junto ao posto da Guarda Fiscal de S. Marcos. A Lena andou lá e eu também, mas eu andei apenas durante um mês, tinha 7 anos de idade na altura. A minha avó materna tinha adoecido e a minha mãe foi ajudar a irmã (mãe da Lena), que morava com a minha avó e como eu andava na escola primária fui também com ela.
A escola fechou à muitos anos, não existem crianças nas redondezas, aliás, moram por ali pouquíssimas pessoas e estas, já com alguma idade. O tempo foi deixando as suas marcas bem notórias no edifício, que se foi degradando. Não a risos no pátio ou brincadeiras, agora apenas se encontra o silêncio, ou o cantar de alguma ave que por ali passa.
A estrada alcatroada acaba junto ao antigo Posto GNR que fica em frente à escola, para ir até ao Monte da Lena, o caminho é muito mau e para evitar que houvesse algum problema com o carro, como por exemplo um furo, ele ficou debaixo da sombra de uma árvore e nós fomos a pé.
É apenas 1 km que se faz muito bem, o único senão era o calor abrasador.
Quando havia uma sombra lá parávamos nós para refrescar um pouquinho...
O Monte era dos meus avôs maternos, quando faleceram a casa foi dividida pelos filhos, a minha mãe deu a parte dela à minha tia Maria, a mãe da Lena. O monte está dividido agora por 3 famílias, a Lena, a minha tia Barbara e o meu tio Rafael.
Ao redor a natureza e uma imensidão de paz e silêncio quebrada de vez em quando, pelo cantar de um pássaro ou o badalo das ovelhas.
Era final da tarde e estava na hora de regressar ao carro e depois voltar para Lisboa. Agradeço à Lena, ter aceite o meu convite e me ter proporcionado um dia diferente e tão especial, pois revi locais que já não via à tantos anos, foi um relembrar dos tempos maravilhosos que em criança lá passei.
Obrigado amiga!
Obrigado amiga!
"A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família." (Leon Tolstoi)
Boa noite, querida Maria!
ResponderEliminarTão bonito seu post! Voltar ás raízes e sua terra é lindíssima!
Cada lugarejo por onde passei me encantou demais...
Amo Portugal como se fosse meu Brasil tamém amado... Incrível como pode ser isso?! Já visitei outros países latinos e não senti o mesmo...
Bjm muito fraterno
Realmente vocês divertem-se ao máximo, nos vossos passeios. Belas Fotos.
ResponderEliminarBeijinhos
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