Em setembro fomos passar um fim-de-semana na região do Oeste. A nossa primeira paragem foi na Batalha, para ir visitar o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também designado Mosteiro da Batalha.
O Mosteiro foi considerado Património da Humanidade pela UNESCO desde 1983 e é um dos monumentos mais significativos do gótico em Portugal.
Porta lateral, uma obra do Mestre Afonso Domingues.
A porta de entrada fica na fachada principal foi uma obra do Mestre Afonso Domingues. Por cima dos arcos estão os escudos de armas de D. João I e de D. Filipa de Lencastre. Ao centro estão os quatro evangelistas e Jesus Crist. As arquivoltas têm 78 imagens.
Ao entramos no monumento ficamos logo surpreendidos com a sua imponente Igreja, com mais de 80 metros de comprimento, por 22 metros de largura e 32,5 de altura.
Quando se entra, do lado direito está a Capela do Fundador, foi construída entre 1425 e 1434, por ordem de D. João I, sendo uma obra do mestre Huguet. Ao centro está o túmulo de D. João I e D. Filipa de Lencastre. Na parede de fundo, no lado sul, estão os túmulos, dos filhos destes reis, a “ínclita geração” como lhes chamou Camões.
Claustro Real ou Claustro de D. João I. É um Claustro quadrangular, em torno de um pátio, com quatro galerias e apenas com um piso. Está coberto por abóbadas de cruzaria e na parte virada para o centro, apresenta grandes contrafortes rematados com gárgulas. Foi começado a par com a igreja, nos últimos anos do século XIV e continuado, a partir de 1402, por Huguet. Os arcos ogivais são do tempo de D. João I, mas no reinado de D. Manuel é introduzido o “retoque final”, procedendo-se ao preenchimento das bandeiras. Desta forma, Mateus Fernandes adornou todo o seu interior com um fino rendilhado manuelino, com motivos vegetalistas, (troncos, ramos, folhas e frutos), cruzes de Cristo e esferas armilares.
Coruchéu da Cegonha e Torre Sineira
No Claustro Real fica um magnifico Lavabo, composto por várias taças sobrepostas, decoradas com carrancas e por onde, ainda hoje, corre água da nascente da Jardoeira. Servia para a higiene dos frades, antes e depois das refeições.
Quando chegámos à Sala do Capítulo, estava a decorrer o render dos soldados ao Túmulo do Soldado Desconhecido. Foi o mestre Huguet finalizou esta sala. Era aqui que se reuniam os frades, presididos pelo abade ou prior, para a leitura do capítulo ou da vida dos santos. Servia para todas as assembleias, em especial quando era preciso decidir qualquer assunto de interesse geral para o convento. Na parede do fundo está uma grande janela preenchida com um vitral que representa a Cenas da Paixão de Cristo e que tem a data de 1514.
Nesta sala está o Monumento aos Soldados Desconhecidos. A alumiá-lo está um lampadário, de ferro forjado, sempre aceso, com uma torcida embebida em azeite, a “Chama da Pátria”. é uma obra do Mestre Lourenço de Almeida, oferecida pela 5ª Divisão Militar de Coimbra, que representa os soldados de todos os tempos. Por cima da campa rasa, a imagem do Cristo das Trincheiras que acompanhou as tropas Portuguesas nos campos de batalha, na Primeira Guerra Mundial.
Chegamos ao Claustro D. Afonso V. É mais pequeno e mais austero que o Claustro Real. Foi construído na segunda metade do século XV, sob a direção de Martim Vasques e Fernão de Évora, e é um dos primeiros a aparecer em Portugal com dois pisos.
Saímos do interior do monumento e entrámos depois nas Capelas Imperfeitas, ou Panteão de D. Duarte. De forma octogonal, apresenta sete capelas radiantes. Foi uma obra, da responsabilidade de Huguet, que não chegou a ser terminada.
Poderá ver mais informações e fotografias do Mosteiro da Batalha ver o meu post: "Mosteiro da Batalha - Património da Humanidade"
Depois de almoço seguimos em direção a Alcobaça. A primeira visita foi ao Mosteiro de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça.
Começamos por visitar a Igreja. Aqui se encontram os túmulos de D. Pedro I e D. Inês de Castro.
A sala dos Reis era a Antiga capela-salão construída no séc. XVIII. É assim denominada por nela se exporem esculturas, em terracota policromada, representando os reis de Portugal de D. Afonso Henriques a D. José.
Claustro de D.Dinis ou Claustro do Silêncio, é o centro de toda a abadia, é passagem obrigatória de acesso a todas as dependências e era também, local de leitura e meditação. Foi construído no reinado de D. Dinis, presumivelmente entre 1308 e 1311, foi concebido por Domingo Domingues e Mestre Diogo, sendo um dos mais belos do gótico português.
O Lavabo encontra-se em frente da entrada do refeitório, num pavilhão de cinco cantos.
O Refeitório é um espaço impressionante, harmonioso e belo. Quando se entra do lado esquerdo encontra-se o Púlpito do Leitor, onde um monge se encarregava diariamente da leitura sacra durante as refeições. O acesso a este púlpito faz-se através de uma pequena escada.
A Cozinha tem ao centro uma grande chaminé forrada com azulejos, tal como todas as paredes interiores, ao fundo, um tanque com água corrente proveniente da Levada que se destinava a lavagens diversas.
Claustro da Levada
Para conhecer mais sobre este belo monumento poderá ver um dos meus anteriores posts: "Mosteiro de Alcobaça - Património da Humanidade"
Após terminada a visita ao Mosteiro fomos passear um pouco pela cidade
O Jardim do Amor, um espaço que evoca o amor imortal de Pedro e Inês.
Subimos ao Castelo para ver a vista
Seguimos depois para o hotel onde íamos dormir, o hotel: "Your Hotel & SPA Alcobaça"
O Interior
O Hotel é excelente e recomendamos.
No domingo seguimos em direção às Caldas da Rainha.
Não tínhamos muito tempo disponível e a nossa opção foi ir visitar o Parque D. Carlos I, foi uma excelente escolha pois o Parque é uma maravilha.
Saímos do Parque e fomos dar ao Largo Rainha D. Leonor, onde fica o Hospital Termal das Caldas da Rainha.
Logo a lado está no Largo D. Manuel I, um bonito Chafariz, construído no século XVIII.
Passámos pelo túnel lateral ao Hospital e fomos dar ao largo da Igreja Nossa Senhora do Pópulo. Esta igreja foi concluída em 1500 e elevada a Igreja Matriz em 1510.
Por detrás do Hospital Termal e ao lado da Igreja está o Palácio Real.
Passeando um pouquinho pela cidade
Depois de almoço era hora de regressar a casa. Foi um fim-de-semana espetacular.
Fotos: Pessoais
Texto explicativo: Wikipedia; www.patrimoniocultural.pt
Fico extasiada com a oportunidade de admirar os requintes da arquitetura gótica.
ResponderEliminarOs detalhes, entalhes e recortes num trabalho espetacular
O passeio foi lindo heim? As imagens nos conta da alegria de passear por lugares tão belos
Beijos
Uma postagem soberba!
ResponderEliminarBeijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Um bonito passeio. Já visitei ambos os mosteiros e gosto imenso. Aop castelo nunca fui. Fica a dica!
ResponderEliminarBjs
Um belo mergulho na historia Maria.
ResponderEliminarVoce capricharam nas informações e nos detalhes das fotos dos monumentos.
É muito bom viajar com voces com esta arte das fotos.
Abraços amiga.
Grato. Bju de paz.
Portugal merece este seu trabalho.
ResponderEliminarBjs