16/09/2010

Serpa - Uma linda cidade Alentejana




Descobrindo a linda cidade de Serpa



Serpa situa-se no Baixo Alentejo, sobre uma elevação na margem esquerda do rio Guadiana. Pertence ao Distrito de Beja, região do Alentejo e sub-região do Baixo Alentejo.




Localizada numa região habitada desde tempos remotos, Serpa tem uma grande influência Romana, que muito desenvolveu a região, especialmente em termos agrícolas, e também Muçulmana, apelidada de “Scheberim”, tendo sido reconquistada por D. Afonso Henriques em 1166.




Tendo sido perdida por várias vezes nas constantes lutas da Reconquista. Foi definitivamente constituída como concelho por D. Dinis, que também mandou reconstruir o seu castelo e cercar Serpa por uma cintura de muralhas, em 1295.






A sua proximidade com a fronteira espanhola acarretou no passado, graves problemas para o desenvolvimento deste concelho. Com as guerras da Restauração, Serpa ficou quase completamente destruída, nomeadamente a sua fortaleza. A paisagem em Serpa é fabulosa, não só dentro das belas e históricas muralhas, no centro histórico da cidade, mas igualmente na magnífica e extensa planície e nos montes cobertos de Searas, rosmaninho e papoilas.





Neste concelho predominam as actividades ligadas ao sector primário, seguidas das do secundário, com a indústria ligada à olaria e à cerâmica, e só depois as do sector terciário.




Dentro da vila o traçado das ruas, que se abrem para grandes largos onde coexiste uma arquitectura tradicional, erudita e religiosa, confere a Serpa um carácter muito singular que torna o passeio delicioso. A parte mais alta do morro corresponde ao núcleo urbano primitivo, medieval, mouro e cristão.





A visitar:
Muitos são os monumentos dignos de registo nesta encantadora cidade, como as Igrejas Matriz, em estilo gótico, a de São Salvador (século XVII), a de Nossa Senhora da Saúde, a de São Francisco (iniciada em 1502) e a da Misericórdia (erigida em 1505, com interessantes azulejos do século XVIII, além dos museus arqueológico e etnográfico), o Convento de São Francisco, o Convento e Igreja de São Paulo, o imponente Palácio dos Condes de Ficalho (de finais do século XVI) ou a Torre do Relógio (que se supõe ser a terceira mais antiga do País), entre tantos, tantos outros.




Jardim Municipal de Serpa
Espaço verde com abundante variedade vegetal e canteiros floridos. No seu interior destaca-se um lago com gansos e uma gaiola com aves raras.

Muralhas de Serpa
As muralhas de Serpa irrompem no meio de um outeiro, apresentando diversos estilos de arquitectura. Compõem-se actualmente de castelo e alcáçova com torre de menagem adossada, e muralhas reforçadas por torres e torreões. Dentro e fora das muralhas estende-se a povoação, a maior parte da qual ainda intramuros. O palácio dos Melos está assente sobre um de seus panos, assim como o aqueduto, cuja arcada se prolonga até à nora mourisca, que servia para abastecer de água o palácio.




O Castelo de Serpa
Em posição dominante sobre a povoação, integra o território à margem esquerda do rio Guadiana.





O castelo ergue-se no centro histórico da povoação, a duzentos e trinta metros acima do nível do mar. No plano mais elevado, junto à muralha, a norte, implanta-se a alcáçova, de planta quadrangular. A vista panorâmica do alto do castelo é espetacular.





O Museu Arqueológico
A muralha da alcáçova é reforçada pela Torre de Menagem. Ali se encontra instalado o Museu Arqueológico de Serpa. O museu apresenta uma exposição permanente de materiais arqueológicos que abrangem um vasto período cronológico - do Paleolítico inferior à época islâmica -, oriundos, na sua maioria, da área geográfica do concelho. Relativamente ao Paleolítico, as peças em exposição são provenientes do Moinho do Catalão, da Casa da Barca, da Quinta de D. Luís, da Azenha do Correia, de Insua, do Moinho do Catalão, da Azenha dos Machados e do Terraço do Laço. A Idade dos Metais está representada com materiais oriundos de S. Brás I, do Moinho da Misericórdia e do Castelo de Serpa. As peças datadas do período romano foram encontradas na Torre Velha, na Cidade das Rosas, no Monte Branco, na Quinta de D. Luís, no Monte dos Alpendres e na cidade de Serpa. No que diz respeito aos materiais islâmicos, a sua proveniência situa-se na Cidade das Rosas e no Monte Zambujeiro.

A Igreja de Santa Maria
Fica situada nas imediações do Castelo, no Largo de Santa Maria ou Largo dos Santos Próculo e Hilarião, é também chamada Igreja Matriz de Serpa, sendo a igreja mais antiga ali construída. A sua construção inicial data do século XIV, tendo provavelmente sido executada sobre uma antiga mesquita árabe. O interior é constituído por três naves, divididas por arcos sustentados por colunas. As capelas laterais apresentam exemplos de talha dourada, testemunhando a riqueza decorativa do barroco. A capela-mor, dominando todo o conjunto, data dos séculos XVI e XVII.




Torre do Relógio
Na praça fronteira à Igreja Matriz de Santa Maria ergue-se a chamada Torre do Relógio, de planta quadrangular, onde se ergue a sineira. Vestígio da cerca da vila, foi transformada em relógio em 1440, constituindo-se na terceira torre relojoeira mais antiga do país.




Palácio dos condes de Ficalho
Inserido no pano das muralhas inscreve-se o Palácio dos condes de Ficalho, em estilo maneirista, iniciado por D. Francisco de Melo, alcaide-mor de Serpa no final do século XVI e prosseguido por seus filhos, D. Pedro de Melo, governador da Capitania do Rio de Janeiro (1662-1666), e D. António Martim de Melo, bispo da Guarda.

Museu do Relógio em Serpa
É o único na Península Ibérica e um dos cinco que, a nível mundial, se dedica a esta temática, possuindo um espólio com mais de 1.950 relógios mecânicos desde 1630 até 2009. Instalado no edifício do Convento do Mosteirinho do século XVI, em pleno centro histórico da cidade, o núcleo museológico é uma instituição privada, criada há 35 anos. António Tavares d ’Almeida, é o principal dinamizador do museu que teve origem após herança dos avós de três relógios de bolso avariados.

Museu Etnográfico de Serpa
Situado no antigo edifício do mercado municipal, o museu foi inaugurado em 1987. Ofícios da Terra é o nome da exposição permanente que aqui se pode visitar e que é composta por artefactos e instrumentos ligados a várias profissões e actividades típicas da região.


Gastronomia
Esta região Alentejana prima pela sua boa cozinha, que tem como melhor aliado, o Pão de qualidade. Como pratos tradicionais da região pode salientar-se,  as migas, a açorda, o borrego à pastora, as lavadas (sopa fria de tomate pisado), o gaspacho (chamado aqui de “vinagrada”), as masmarras (papa quente de pão e alho), os “grãos com alho e louro”, a surra-burra (na época da matança do porco), as “caldeiradas de peixe do rio”, tudo acompanhado com os melhores tintos do Alentejo.
Entre os doces tradicionais, destacam-se os folhados de gila, as queijadas de requeijão, os tosquiados(de claras de ovos e amêndoa), as turtas (recheadas de batata doce).

Não podemos esquecer de referir também o queijo de ovelha de Serpa que é famoso e muito apreciado por todo o País.

Serpa é uma cidade cheia de beleza e história.




Fontes: Wikipédia; http://www.serpa-digital.com/; http://www.cm-serpa.pt/;
Fotos: Pessoais


3 comentários:

  1. Olá Maria! Os seus blogues são lindíssimos estas fotos de Serpa deram-me vontade de visitar e não estou tão longe uma vez que vivo na margem sul do Tejo. Obrigada por me seguir tb já a anexei nos meus amigos. Um beijinho grande e obrigada. Bfsemana!

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  2. *Maria, vim aqui para TE AGRADECER pela tua

    visita ao meu amado *Caderninho e para conhecer

    este teu espaço !!!

    *Adorei algumas frases tuas aqui !!!

    *Maria, tô na correria aqui ! Voltarei

    com mais tempo para curtir direitinho este teu

    espaço que parece ser muito interessante !!!

    *Desejo-te uma EXCELENTE semana de

    trabalho ao lado dos teus !!!

    *Fiques com Deus.

    *Beijossssssssssssss.

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  3. Vim proporcionar encantos aos meus olhos!
    Beijos, muitos!

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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