24/06/2010

Mosteiro dos Jerónimos

O nosso país tem belíssimos monumentos, cidades maravilhosas e paisagens sublimes que merecem ser visitadas e admiradas, mas como nem sempre é possível viajar, pelo menos podemos apreciar em fotografia, alguns desses locais espectaculares e que foram considerados pela "Unesco" como “Património da Humanidade”.

Património português classificado pela UNESCO como Património da Humanidade:

Hoje vou apresentar: o Mosteiro dos Jerónimos, classificado como património da humanidade pela UNESCO desde 1983.


Foto: Pessoal

Mosteiro dos Jerónimos é uma obra fundamental da arquitectura manuelina, testemunho da riqueza dos Descobrimentos portugueses.

Foto: Pessoal

Está situado em Belém, Lisboa, à entrada do Rio Tejo onde também marcam forte presença a Torre e o Centro Cultural de Belém.



Fotos: Pessoais


A sua construção teve início no princípio do século XVI, por vontade de D. Manuel I, no local onde havia uma capela henriquina dedicada a Santa Maria de Belém, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia. As suas enormes proporções encerram as nuances de inúmeros projectos, restauros e acrescentos, testemunhos de várias fases de um longo período de cinco séculos de história.

Fotos: Pessoais


Os trabalhos correram inicialmente sob estreito controlo régio, que para a sua construção canalizava a "Vintena da Pimenta". Foram dirigidos por vários mestres, Diogo de Boitaca (c.1460-1528), João de Castilho (c.1475-1552), Diogo de Torralva (c. 1500-1566), Jerónimo de Ruão (1530-1601), são alguns dos nomes que o Mosteiro recorda e que deixaram marca indelével neste monumento.

Foto: postaisportugal.com

Para ocupar o Mosteiro, D. Manuel I escolheu os monges da Ordem de S. Jerónimo, que teriam como funções, entre outras, rezar pela alma do rei e prestar assistência espiritual aos mareantes e navegadores que da praia do Restelo partiam à descoberta de outros mundos.

Sobreviveu ao sismo de 1755 mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão Bonaparte no início do século XIX.


Foto: Pessoal

Durante quatro séculos a ordem de S. Jerónimo habitou nestes espaços, mas em 1833 foi dissolvida e o lugar desocupado. O Mosteiro dos Jerónimos passou a integrar os bens do Estado e o espaço conventual foi destinado ao colégio dos alunos da Casa Pia de Lisboa (instituição de solidariedade social destinada especialmente ao apoio a crianças), que aqui permaneceram até cerca de 1940.

No século XIX o Mosteiro assistiu a intervenções arquitectónicas pontuais que, embora não alterando a sua estrutura primitiva, vieram dar-lhe a forma que lhe conhecemos hoje. A cúpula sineira, o corpo do dormitório (hoje Museu de Arqueologia)

Antigo dormitorio dos Jerónimos

Foto: net

e a sala do Capítulo foram alguns dos locais que maiores alterações sofreram, tendo esta sido reconstruída em 1884.


Foto: www.360portugal.com

A Sala do Capítulo tem esta denominação por servir às reuniões periódicas dos monges, que tinham o seu início com a leitura de um capítulo da Regra. Originalmente pensada para este efeito, esta sala nunca foi utilizada para este fim pois só foi abobadada no Séc. XIX. Apenas a porta ficou concluída nos anos de 1517-1518, tendo sido executada por Rodrigo de Pontezilha.

No centro da sala do Cápítulo foi colocado o túmulo de Alexandre Herculano no século XIX, delineado por Eduardo Augusto da Silva, posteriormente modificado no século XX.


Foto:www.mosteirojeronimos.pt

A torre e o corpo do antigo dormitório foram profundamente alterados por intervenções revivalistas neomanuelinas, que introduziram elementos decorativos de temática marinha, rendilhados e arco-botantes, igualmente aplicados nas alas norte e oeste do anexo, mas abandonados na ala este, onde se evidencia a presença do betão armado, expressando total ruptura com a tendência anterior.


Foto: Pessoal

O edifício tem uma extensa fachada de mais de trezentos metros, obedecendo a um princípio de horizontalidade que lhe confere uma fisionomia calma e repousante. Foi construído em calcário de lioz que se tirava muito próximo do local de implantação, na Ajuda, no Vale de Alcântara, Laveiras, Rio Seco e Tercena.


Foto: Pessoal


A meio da fachada sul, voltada para o Tejo, rasga-se o belo pórtico de João de Castilho, estruturado ao modo de monumental relicário de ourivesaria, sobrepujado pela estátua da Virgem de Belém e o Arcanjo S. Miguel, e decorado com esculturas dos Apóstolos, Profetas, Doutores da Igreja, Sibilas e anjos. O portal é ladeado por dois janelões de arco redondo.


Foto_ Pessoal

O Portal Oeste, a entrada principal do Mosteiro dos Jerónimos, foi feito por Nicolau de Chanterenne, é encimado por representações alusivas ao mistério de Belém; de cada lado da entrada destacam-se, as estátuas de vulto de D. Manuel e de D. Maria.

A igreja é de planta longitudinal, em cruz latina, com três naves cobertas por abóbada única, rebaixada, apoiada em oito pilares octogonais de grande altura, sistema que possibilita a criação de um espaço transparente, unificado e luminoso. A Sacristia obra do arquitecto João de Castilho, foi construída entre 1517 e 1520. Trata-se de uma ampla sala, em que a abóbada irradia de uma coluna central renascentista, na qual se notam vestígios do antigo lava-mãos.

Aqui se encontram entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e D. Maria, D. João III e D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique. Alberga ainda os túmulos de Luís de Camões, Alexandre Herculano e, especialmente importante para todos os viajantes: Vasco da Gama.

Foto: Wikipedia_AlvesGaspar

No lindíssimo claustro real, um pequeno monumento simbólico guarda aquele que foi o universal poeta português do séc. XX, Fernando Pessoa, da autoria de Lagoa Henriques, executado em 1985.


Destinado essencialmente ao isolamento da comunidade monástica, o Claustro era um local aprazível e sereno que permitia a oração, a meditação e recreio dos monges da Ordem de S. Jerónimo.


 Foto: Pessoal

Projectado por Diogo de Boitaca que iniciou os trabalhos no começo do século XVI, foi continuado por João de Castilho a partir de 1517 e concluído por Diogo de Torralva entre 1540 e 1541.

Pelo seu valor e simbologia, o claustro do Mosteiro dos Jerónimos representa um dos monumentos mais significativos da arquitectura Manuelina.

 Foto: Pessoal

O Claustro, a Norte, de duplo piso abobadado e planta quadrangular, apresenta na sua decoração a originalidade deste estilo, ao conjugar símbolos religiosos (elementos da Paixão de Cristo, entre outros), régios (cruz da Ordem Militar de Cristo, esfera armilar, escudo régio) e elementos naturalistas (cordas e motivos vegetalistas que coabitam com um imaginário, ainda medieval, de animais fantásticos).




Fotos: Pessoais

O Mosteiro dos Jerónimos é habitualmente apontado como a "jóia" da arquitectura manuelina, que integra elementos arquitectónicos do gótico final e do renascimento, associando-lhe uma simbologia régia, cristológica e naturalista, que a torna única e digna de admiração.

Fotos: Pessoais

Para todos os que não têm possibilidade de se deslocar, para visitar este magnifico monumento, fica aqui uma Visita virtual.





Fontes e Fotos:  http://www.culturaonline.pt/; Wikipedia;  http://www.ippar.pt/;  www.panoramio.com; http://www.mosteirojeronimos.pt; Fotos pessoais; outros net



"Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro." (Albert Camus)
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20/06/2010

Fim de semana no Alentejo


No início deste mês de Junho, fomos passar o fim-de-semana ao Alentejo, mais propriamente a uma aldeia perto de Mertóla.




Temos lá uma casita, que já vem dos tempos dos meus avós e de vez em quando vamos lá passar alguns dias. Sensivelmente perto da aldeia onde se encontra a nossa casa, fica uma localidade muito agradável, o ideal para se descansar e carregar baterias, as Minas de S. Domingos.




Esta povoação tem uma lindíssima praia fluvial, que nós adoramos e que visitamos sempre com muito prazer.




No final do dia, quando nos dirigíamos para ir jantar, paramos para observar o pôr do sol, o céu estava magnifico.




As fotografias que aqui deixo, não fazem jus a toda a beleza das cores do céu, pois sou apenas alguém que gosta de fotografia mas pouco sabe sobre o assunto. Gostava de ter conseguido captar toda aquela magia de luz e cor. Fica aqui o melhor que consegui, ao fundo podemos ver também um visitante destas paragens nesta altura do ano, uma cegonha no seu ninho.




No Domingo depois de almoço, ainda fomos ver a nova ponte que liga Portugal e Espanha, na zona do Pomarão.




Este é um local muito bonito e tranquilo, em que o tempo parece ter parado. Sabe bem parar o carro e sair para observar a paisagem, não há barulhos, apenas ouvimos o som de algum pássaro que naquele momento, por ali passe ou, o murmúrio do vento, que com uma brisa suave, parece querer levar para bem longe todas as nossas preocupações e angústias. Nestes locais sentimo-nos em Paz, sentimos que estamos mais perto de Deus.




Senti-me muito feliz, por estarmos todos juntos, o que já nem sempre acontece, pois a Diana já têm muitas vezes outros voos e por isso não nos acompanha, o que é natural na sua idade. Foi um excelente fim-de-semana.




“A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família.” Léon Tolstoi

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19/06/2010

Divagar por Keukenhof Gardens, na Holanda

Passear por um jardim é sempre um prazer enorme, é ver a magnitude de natureza associada à arte do homem.

Ver no local ou simplesmente em fotos esses espaços lindíssimos, faz o meu espírito divagar, tudo o que me preocupa fica naquele momento esquecido e sinto que ganho uma energia especial, que me vai ajudar a encarar os problemas com outros olhos. 



Porque visitar no local, é quase impossível, decidi começar a colocar aqui no meu cantinho, passeios virtuais por jardins do Mundo, para todos os que como eu, adoram observar toda a beleza e magia de um bonito jardim.

Hoje levo-os comigo a passear por: Keukenhof Gardens, em Amesterdão, na Holanda



O jardim ocupa uma área de 32 hectares, onde são cultivadas milhões de flores, com especial destaque para as tulipas, jacintos e cerejeiras japonesas, formando caminhos perfumados de diversas cores.


"Fiz a escalada da montanha da vida,  removendo pedras e plantando flores."
Cora Coralina


"Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as suas mãos para cultivá-las."
Augusto Cury



"A natureza não faz nada em vão."
( Aristóteles )


"Hoje em dia, aqueles que amam a natureza são acusados de romanescos."
( Nicolas Chamfort )


"A natureza criou o tapete sem fim que recobre a superfície da terra. Dentro da pelagem desse tapete vivem todos os animais, respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, excepto o homem."
( Monteiro Lobato )


"Para dar ordens à natureza é preciso saber obedecer-lhe."
( Francis Bacon )


"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente."
Henfil
 
 
"As flores refletem bem o verdadeiro. Quem tenta possuir uma flor verá a sua beleza murchando. Mas quem olhar uma flor no campo permanecerá para sempre com ela."
Paulo Coelho


"No misterio do sem-fim equilibra-se um planeta. E no planeta um jardim e no jardim um canteiro no canteiro uma violeta e sobre ela o dia inteiro entre o planeta e o sem-fim a asa de uma borboleta."
Cecília Meireles


Pode visitar virtualmente este divinal jardim entrando no seu site oficial em: Keukenhof Garden.

Fontes e Fotos: http://4hdwallpapers.com; 1ms.net; http://wall.alphacoders.com; http://www.keukenhof.nl/en/; http://www.hdlandscapewallpapers.com; http://widedscreen.com; http://old.wallcoo.net;


* Fotos: Net
As fotografias sem indicação dos autores é porque não os consegui identificar. Se forem suas, por favor queiram contactar-me que colocarei imediatamente o seu nome, ou retiro-as se for esse o seu desejo. Não é de maneira nenhuma minha intenção quebrar direitos de autor.

Photographs without the authors’ names are because I could not identify them. If they are yours, please contact me and I will put immediately your name, or remove them, if that is your wish. It is not my intention to break authors rights.


"A terra sorri nas flores." (E. E. Cummings)"
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17/06/2010

Praia do Carvoeiro e Algar Seco

O ano passado fui numas mini-férias até ao Carvoeiro e visitei algumas praias ao seu redor. Todas elas eram lindas, cada uma com a sua beleza muito própria. Penso que nunca é demais falarmos do que temos de bonito no nosso País.

Hoje apresento: a Praia do Carvoeiro e Algar Seco

A Praia da Carvoeiro é uma praia de pescadores, de pequena dimensão, com uma baía de águas transparentes, sendo bastante abrigada pelas arribas. Está situada na zona costeira do concelho de Lagoa, no Algarve, saindo na EN125 em Lagoa e seguir na direcção ao Carvoeiro.




É uma praia de areia fina e dourada, que se eleva acima das casas brancas com muitos restaurantes bem agradáveis ao seu redor. 




Em ambos os lados da praia erguem-se altos penhascos íngremes. Com uma entrada gradual no mar é óptima para famílias com crianças. A Praia de Carvoeiro, recebe no seu areal fino os barcos de madeira dos pescadores locais, o que confere a esta praia um ambiente piscatório desde sempre ali praticado.




Prosseguindo a visita e apenas a alguns metros a leste da Praia de Carvoeiro, situa-se um conjunto de grutas naturais talhadas pelo vento e força do mar, o Algar Seco , um verdadeiro ex-líbris desta freguesia.






 Algar Seco é uma rede de grutas que sobem do mar, passam por debaixo da linha de rochas costeiras e faz entrar a água das marés em piscinas interiores.








Este conjunto harmonioso de rochas forma, autênticas varandas e janelas naturais sobre o mar. 




Seguindo pelo caminho talhado nas rochas, pode-se observar os pescadores nas escarpas, que olham o horizonte e tentem conseguir algum peixe fresco para a sua refeição e bem lá do alto podemos contemplar toda aquela zona de uma beleza extraordinária.



 
Carvoeiro, com as suas praias, grutas e património histórico, é um local magnífico, proporcionando umas férias inesquecíveis.
 



Vá conhecer. Vale a pena.

Praia do Paraíso (junto à praia do Carvoeiro)



“Tenho a impressão de ter sido uma criança brincando à beira-mar, divertindo-me em descobrir uma pedrinha mais lisa ou uma concha mais bonita que as outras, enquanto o imenso oceano da verdade continua misterioso diante de meus olhos. “ (Isaac Newton)

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