Da minha visita a Amesterdão já mostrei, o Jardim Keukenhof, Museumplein, a Praça Dam, Oude Kerk, a Praça Nieuwmarkt e hoje vamos até à Casa Museu Anne Frank.
Fica situada em Prinsengracht, nos números 263-267. Quando lá chegamos estava um fila imensa (levámos cerca de 45 minutos até entrar) e pouquissimo tempo depois começou a chover granizo, mas ninguém arredou pé, quem estava ali tinha um objetivo definido, ir ver este local tão especial.
Enquanto estavamos na fila, fomos observando a Igreja Westerkerk. Westerkerk é a maior igreja protestante da Holanda. Foi construída entre 1620 e 1631 em estilo renascentista, de acordo com desenhos do arquiteto Hendrick de Keyser (1565-1621), tendo sido concluída e completada pelo seu filho Pieter de Keyser (1595-1676). Foi inaugurada em 8 de junho de 1631, encontrando-se aqui sepultado o grande pintor Rembrandt van Rijn. A sua torre é a mais alta torre de igreja de Amesterdão com 87 metros de altura.
A Westerkerk está localizada perto da Casa Museu de Anne Frank e é mencionada com frequência no seu diário, onde ela descreve como o repique do carrilhão, era uma fonte de conforto.
Dentro do museu não é permitido tirar fotografias, as que apresento são as constantes do livro e do folheto explicativo que se encontra disponivel à entrada.
O museu abriu no dia 3 de maio de 1960. O esconderijo está preservado, contendo documentos históricos, fotografias, o dário original, os seus cadernos e folhas, bem como uma maquete de como eram os quartos e salas no tempo de Anne.
Hoje, as salas estão vazias, pois após terem sido presos, o Anexo foi esvaziado pelos nazis. Quando a casa se tornou Museu, por indicação de Otto Frank, as salas deveriam permanecer assim, vazias, simbolizando o vazio de milhões de pessoas que foram levadas e nunca mais voltaram.
Hoje, as salas estão vazias, pois após terem sido presos, o Anexo foi esvaziado pelos nazis. Quando a casa se tornou Museu, por indicação de Otto Frank, as salas deveriam permanecer assim, vazias, simbolizando o vazio de milhões de pessoas que foram levadas e nunca mais voltaram.
Reconstrução do quarto de Anne
O esconderijo ficava num anexo do número 263 de Prinsengracht onde o pai de Anne, Otto Frank, tinha um negócio. Acedia-se ao anexo por uma porta escondida atrás de uma estante de livros que era amovível.
Anne e a sua família, bem como mais outras quatro pessoas judias (a familia an Pels e Fritz Pfeffer), estiveram aí escondidos durante mais de dois anos, tentando escapar da perseguição nazi, durante a Segunda Guerra Mundial. Foram ajudados pelos funcionários do escritório e colaboradores, Victor Kugler, Miep Gies, Johannes Kleiman e Bep Voskuijl, que lhes forneciam os alimentos, roupas, livros e jornais.
Vamos percorrendo as divisões, são passados pequenos filmes que ajudam a ilustrar os acontecimentos que decorreram naquele lugar e naquela epóca. Numa das paredes, encontramos as marcas feitas por Otto e Edith, que mostram a evolução do crescimento de Anne e da sua irmã. Em dois anos, Margot cresceu cerca de cinco centímetros e Anne mais de treze centímetros.
Durante todo o tempo que estiveram escondidos, Anne ía escrevendo no diário os seus pensamentos, o que acontecia no seu dia-a-dia, bem como pequenas histórias e frases que lia noutros livros.
O seu maior desejo era ser uma grande escritora, queria publicar um livro, depois da guerra, sobre a sua vida no Anexo Secreto.
"Quero continuar vivendo, mesmo depois de minha morte", escreveu Anne Frank.
O que Anne não poderia imaginar, é que o seu diário iria ser um dos livros mais lidos em todo o mundo.
A 4 de Agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto e todas as pessoas que lá se encontravam escondidas, foram deportadas para vários campos de concentração. Foram também presos os colaboradores Johannes Kleiman e Victor Kugler, Miep Gies e Bep Voskuijl não sofreram represálias.
Após a detenção dos clandestinos, Miep e Bep encontraram no Anexo Secreto, os diários, cadernos e as folhas soltas escritas por Anne. Miep escondeu tudo e após a guerra, depois de saber que Anne não tinha sobrevivido, entregou tudo ao seu pai Otto.
Dos oito clandestinos apenas sobreviveu à guerra o pai de Anne, Otto Frank.
Otto Frank decidiu publicar o diário de Anne e no dia 25 de junho de 1947, saiu a primeira edição em holandês.
" O que passou já não podemos mudar. A única coisa que podemos fazer é aprender com o passado e compreender o que significa a discriminação e a perseguição de gente inocente. A minha opinião é que todos temos a obrigação de combater os preconceitos "
Otto Frank, 1970
Otto Frank, 1970
Próximo post: Zaanse Schans, a vila dos Moinhos.
Poderá ver o resumo da nossa viagem no post inicial: "Fim de semana em Amesterdão"
Uma poostagem soberba!
ResponderEliminarBom Domingo. Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Bela reportagem, fiquei a saber mais sobre essa menina corajosa, fotos lindas, bjs e boa semana
ResponderEliminarBoa noite, querida Maria!
ResponderEliminarUm dos posts mais lindos que já li sobre a menina escritora e que me encnatou ao ler seu diário.... me identifiquei muito com seus textos cheios de profundidade para tão tenra idade...
Obrigada pela excelente partilha... adorei!
Bjm muito fratenro