27/01/2024

Jardim das Tulherias (Jardin des Tuileries)




Passeando, apreciando e conhecendo um pouco da história de um dos mais belos e emblemático jardim de Paris


O Jardim das Tulherias (Jardin des Tuileries)





Datado do século XVI, o Jardim das Tulherias é um jardim público, que ocupa um espaço de aproximadamente 25 hectares e alberga várias esculturas de artistas ilustres, como Rodin, lagos, frondosas árvores e belos canteiros de flores. Está situado na margem direita do rio Sena, no 1º arrondissement de Paris, entre a praça da Concórdia e o Louvre.




Foi mandado construir por Catarina de Médicis como jardim do Palácio das Tulherias em 1564, num local que era ocupado desde o século XIII por fábricas de telhas (tuilles). A nova residência foi chamada de Palácio das Tulherias. Catarina pretendia um jardim renascentista italiano e para tal contratou o arquiteto paisagista de Florença, Bernard de Carnesse. O novo jardim era um espaço fechado com quinhentos metros de comprimento e trezentos metros de largura, separado do novo palácio por uma alameda. O desenvolvimento do jardim foi interrompido por uma guerra civil. Os jardins foram saqueados.




Mais tarde o novo rei, Henrique IV, ordenou ao seu paisagista-chefe Claude Mollet, a restauração dos jardins. Em 1610, Luís XIII, de nove anos, tornou-se o novo proprietário dos Jardins das Tulherias, o jardim passou a ser o seu enorme "playground" que ele usava para caçar, possuindo também um pequeno zoológico de animais exóticos. O jardim era totalmente fechado e era usado exclusivamente pela família real quando esta lá se encontrava, mas quando o rei e a corte estavam ausentes de Paris, os jardins eram um local de lazer para a nobreza.




Com Louis XIV e pela mãos e arte dos seus arquitetos, Louis Le Vau e François d'Orbay, o Palácio das Tulherias foi finalmente terminado, tornando-o uma residência real adequada. Em 1662 quando nasceu o primeiro filho de Luís XIV o parterre da extremidade oeste do jardim, entre o Louvre e o palácio das Tulherias, foi o cenário de um espetacular passeio circular a cavalo pela nobreza, circundando lentamente o parterre. Isso ficou conhecido como "Carrossel" e deu nome a essa parte do jardim.




Em 1664, Colbert, superintendente de edifícios do rei, contratou o paisagista André Le Nôtre para redesenhar todo o jardim, que o transformou num jardim no estilo francês, formal e simétrico, cheio de estátuas ornamentais. Em 1667, a pedido do famoso autor de A Bela Adormecida e outros contos de fadas, Charles Perrault, o Jardim das Tulherias foi aberto ao público, com exceção de mendigos, "lacaios" e soldados. Foi o primeiro jardim real aberto ao público.




Em 6 de outubro de 1789, quando a Revolução Francesa começou, o rei Luís XVI e a sua família foram levados contra a sua vontade para o Palácio das Tulherias. O jardim foi reservado exclusivamente à família real pela manhã, sendo aberto ao público da parte da tarde.
Em 1800 Napoleão Bonaparte mudou-se para o Palácio das Tulherias, e começou a fazer melhorias para adequar o espaço a uma residência imperial. A sua maior adição ao complexo do palácio-jardim foi o Arco do Triunfo do Carrossel, no grande pátio entre o palácio das Tulherias e o Louvre. Após a queda de Napoleão, as tropas russas e prussianas acamparam no jardim. Durante a Revolução de Julho de 1830, o jardim tornou-se novamente um campo de batalha, invadido por opositores da monarquia.




O rei Charles X foi substituído por um rei constitucional, Louis Philippe. Louis-Philippe, relutante em receber visitantes do jardim passando pela sua janela, tinha um grande jardim de flores protegido por um fosso criado para isolar a sua residência no palácio o que o tornou impopular ao olhar dos parisiences. Em 1852, após outra revolução e a curta Segunda República, o imperador Napoleão III tornou-se proprietário do jardim e fez grandes mudanças. Napoleão III foi derrotado e capturado pelos prussianos em 1870 e Paris foi palco da revolta da Comuna de Paris.




Durante a Comuna de Paris, o Palácio das Tulherias, símbolo do poder real e imperial, foi incendiado, restando apenas o jardim. Em 1990, foi lançado um concurso para a sua renovação e foram selecionados os paisagistas Pascal Cribier e Louis Benech. Desde 2005, que é o Museu do Louvre, o responsável pela sua gestão e valorização. Todos os anos, os jardineiros imaginam uma nova decoração de flores, dependendo da programação cultural do museu.







A sudoeste do Jardim das Tulherias fica o museu da Orangerie, onde está exposta a belíssima coleção de Nenúfares de Monet e do lado oposto, na extremidade ocidental encontra-se a Galeria Nacional do Jeu de Paume, um centro de arte dedicada à imagem dos séculos XX e XXI (fotografia, cinema, vídeo, instalação, net art, etc.). O jardim termina com um amplo espaço aberto, em torno do grande Lago octogonal. Duas rampas em forma de ferradura dão acesso aos terraços com vista para a Praça da Concordia.




Está classificado como monumento histórico desde 1914 e estão incluídos no Património Mundial da UNESCO desde 1991.

Jardim de Tuileries é uma visita imprescindivel!




Texto explicativo: Wikipédia;
Fotos: Pessoais

6 comentários:

  1. Olá Maria!

    Não sei se é por ignorância minha, mas desconhecia totalmente da existência esse jardim em Paris. Gostei de muito de o conhecer através do seu post, é lindíssimo!

    25 hectares é muita coisa. É enorme!

    Tenha um ótimo fim de semana! Beijinhos 🤗

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  2. Deve essere stupendo. Buon fine settimana.

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  3. Belíssimas fotos,lindo jardim!Adorei conhecer!
    beijos, chica

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  4. Bom sábado de Paz, querida amiga Maria!
    Só de ver por aqui dá vontade de estar num jardim assim tão bem arquitetado e cuidado.
    Obrigada por partilhar belezas aos nossos olhos e coração.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos com carinho

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  5. Tus fotografía son la explicación perfecta, de como tiene esa gran fama.
    Un abrazo.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.



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